Primeira versão de pesquisa foi feita em 2016

Objetivo principal é abrir canal de escuta para que os jovens digam o que acham da escola

Foto: Burst/Iso Republic

Texto publicado em 16/12/2019

Realizada pela primeira vez em 2016, com participação conjunta do Porvir e da Rede Conhecimento Social, a pesquisa “Nossa Escola em (Re)Construção” utilizou-se então da metodologia PerguntAção, ouvindo 132 mil jovens entre os 13 e os 21 anos em todo o Brasil. Desde o início o levantamento não permitia projetar suas conclusões para o país como um todo, pois a distribuição geográfica e socioeconômica não refletia a população nacional.

Em 2017 e 2018, o questionário foi adaptado e ofertado a escolas e redes que, ao fazer com que seus alunos respondessem, passaram a receber relatórios específicos. A idade mínima dos respondentes também mudou, para 11 anos.

Em 2019, com a próxima entrada em cena do novo ensino médio, o questionário foi reformulado e ganhou um  tópico extra, específico para esse tema. A ferramenta foi oferecida para redes públicas, com adesão de oito estados e o questionário aplicado em todo o Brasil a partir de abril. No final de novembro, foi divulgado um relatório, relativo a 258 mil respondentes. Agora em dezembro, já eram mais de 260 mil.

O Porvir se classifica como uma “iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde e compartilha referências sobre inovações educacionais”. A Rede Conhecimento Social é a instituição que dá continuidade às ações de responsabilidade social do Instituto Paulo Montenegro, que foi o braço social do Ibope até antes de sua venda.

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Curtas

  •   Teve início em 29/06  a websérie “Caminhos do Devir – Volta às aulas pós-Covid-19”, com o debate sobre “Como aplicar a gestão de crises para planejar a volta às aulas de forma segura”. Os educadores e sócio-fundadores da Devir Projetos Educacionais, Luis Laurelli e Eloisa Ponzio, além do consultor Flávio Schmidt, consultor em gestão de crises do Grupo Trama Comunicação, analisaram as estratégias, cuidados e precauções para garantir uma volta às aulas que possa assegurar a saúde de professores e crianças e a tranquilidade das famílias. A conversa teve a mediação do editor do Trem das Letras, Rubem Barros. O encontro marcou também o lançamento do e-book “A Covid-19 nas escolas e o caminho para a retomada do presencial”, disponível para download, que pontua sobre os passos da retomada.  Texto publicado em 25/06/2020

  • O ano de 2020 marca o final do mandato de 12 dos 24 conselheiros do CNE, o Conselho Nacional de Educação. A primeira lista com sugestões de substitutos, deixada pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, provavelmente na correria a caminho do aeroporto, era composta principalmente por olavistas. Gerou resistência até dentro do próprio governo Bolsonaro. Diante do freio, puxado pelos militares, o ministro interino, Antonio Paulo Vogel de Medeiros, está fazendo uma nova rodada de discussão para a escolha de outros nomes.  A Casa Civil será um dos principais interlocutores para definir a lista final. Se o padrão das escolhas continuar o mesmo de outras áreas, é provável que as escolas cívico-militares ganhem fôlego inaudito. Texto publicado em 25/06/2020

  • Além do Fundeb, é preciso ficar de olho na possível votação da Medida Provisória 934, que estabelece normas de excepcionalidade para a educação básica e superior em 2020. O relatório da deputada Luísa Canziani (PTB/PR) manteve entre as emendas que devem ir a plenário a liberação da obrigatoriedade do cumprimento das 800 horas para a educação infantil e de oferta da educação a distância na mesma etapa. A relatora deixa a decisão nas mãos dos gestores municipais. Além de contrariar todas as evidências científicas e pedagógicas que enfatizam os prejuízos da educação a distância para as crianças de até 5 anos, a medida pode significar a abertura da porteira para os grupos privados que atuam no negócio da educação a distância. Com as redes de ensino sufocadas pela falta de dinheiro, com aumento das despesas por causa da pandemia e queda na arrecadação de impostos de até 24%, impactando diretamente no Fundeb, principal fonte de recursos para a educação básica pública, a EAD pode ser vista por muitos como solução milagrosa. Mas será apenas um instrumento para cumprir a obrigação legal de oferta de ensino. E inadequado, no caso da educação infantil. É preciso ver o que falará mais alto, se o rigor burocrático ou o bom senso. Texto publicado em 25/06/2020

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