Obras de Paulo Freire estão sendo relançadas

Volumes ganharam novo projeto gráfico; relançamentos continuam em 2020

Foto: Acervo Sérgio Haddad (Mário Sérgio Cortella e Paulo Freire)

Texto publicado em 21/11/2019

A obra de Paulo Freire está em processo de relançamento pelo selo Paz e Terra, do Grupo Editorial Record. Em 2019, foram relançados três de seus livros, com novo projeto editorial que se destaca por capas que trazem grandes closes do autor, trabalhadas em registros monocromáticos, com tarjas laterais.

Os livros relançados até o momento são o clássico Pedagogia do Oprimido (R$ 49,90), escrito entre 1964 e 1968, com a primeira edição brasileira só saindo em 1974; Direitos humanos e educação libertadora –  gestão democrática da educação pública na cidade de São Paulo (R$ 39,90), sobre sua experiência à frente da Secretaria Municipal de Educação paulistana; e Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa (R$ 34,90), seu último livro publicado em vida, de 1996, um ano antes do falecimento.   

Freire foi um enorme sucesso de vendas na Bienal do Livro de 2019, após os ataques de setores conservadores à sua obra. No ano que vem, os relançamentos devem continuar, mas o Grupo Record não soube informar quais títulos chegarão ao mercado.

Também em 2019, foi lançado um outro livro sobre a obra do educador: Paulo Freire mais do que nunca: uma biografia filosófica (Editora Vestígio, R$ 49,90), de Walter Kohan, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

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Curtas

  •   Teve início em 29/06  a websérie “Caminhos do Devir – Volta às aulas pós-Covid-19”, com o debate sobre “Como aplicar a gestão de crises para planejar a volta às aulas de forma segura”. Os educadores e sócio-fundadores da Devir Projetos Educacionais, Luis Laurelli e Eloisa Ponzio, além do consultor Flávio Schmidt, consultor em gestão de crises do Grupo Trama Comunicação, analisaram as estratégias, cuidados e precauções para garantir uma volta às aulas que possa assegurar a saúde de professores e crianças e a tranquilidade das famílias. A conversa teve a mediação do editor do Trem das Letras, Rubem Barros. O encontro marcou também o lançamento do e-book “A Covid-19 nas escolas e o caminho para a retomada do presencial”, disponível para download, que pontua sobre os passos da retomada.  Texto publicado em 25/06/2020

  • O ano de 2020 marca o final do mandato de 12 dos 24 conselheiros do CNE, o Conselho Nacional de Educação. A primeira lista com sugestões de substitutos, deixada pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, provavelmente na correria a caminho do aeroporto, era composta principalmente por olavistas. Gerou resistência até dentro do próprio governo Bolsonaro. Diante do freio, puxado pelos militares, o ministro interino, Antonio Paulo Vogel de Medeiros, está fazendo uma nova rodada de discussão para a escolha de outros nomes.  A Casa Civil será um dos principais interlocutores para definir a lista final. Se o padrão das escolhas continuar o mesmo de outras áreas, é provável que as escolas cívico-militares ganhem fôlego inaudito. Texto publicado em 25/06/2020

  • Além do Fundeb, é preciso ficar de olho na possível votação da Medida Provisória 934, que estabelece normas de excepcionalidade para a educação básica e superior em 2020. O relatório da deputada Luísa Canziani (PTB/PR) manteve entre as emendas que devem ir a plenário a liberação da obrigatoriedade do cumprimento das 800 horas para a educação infantil e de oferta da educação a distância na mesma etapa. A relatora deixa a decisão nas mãos dos gestores municipais. Além de contrariar todas as evidências científicas e pedagógicas que enfatizam os prejuízos da educação a distância para as crianças de até 5 anos, a medida pode significar a abertura da porteira para os grupos privados que atuam no negócio da educação a distância. Com as redes de ensino sufocadas pela falta de dinheiro, com aumento das despesas por causa da pandemia e queda na arrecadação de impostos de até 24%, impactando diretamente no Fundeb, principal fonte de recursos para a educação básica pública, a EAD pode ser vista por muitos como solução milagrosa. Mas será apenas um instrumento para cumprir a obrigação legal de oferta de ensino. E inadequado, no caso da educação infantil. É preciso ver o que falará mais alto, se o rigor burocrático ou o bom senso. Texto publicado em 25/06/2020

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