- Anos 1960 e 1970 – Superação paulatina da natureza emergencial da formação docente que caracterizou os períodos iniciais de expansão da escolaridade obrigatória. Marcos: LDB 1961 (Lei 4.024, artigos 54 e 58); Lei de Diretrizes e Bases para o Ensino de 1º e 2º. graus (Lei 5.692/1971).
- Requerimento de formação em nível superior em vias de generalização (LDB 9.394/1996, Arts. 2º e 62º., e planos de educação estaduais e municipais. Ainda: iniciativas no âmbito do MEC, na Capes, após a Constituição de 1988, em especial no final da década 2001/2010).
- Reconhecimento do caráter mediador da prática pedagógica na relação entre sociedade e educação e do lugar central do professorado na aprendizagem dos alunos.
- Reconhecimento do caráter profissional da docência como princípio constitucional.
- Celebração do Pacto de Valorização do Magistério e da Qualidade da Educação, em outubro de 1994 (Documento elaborado no Fórum Permanente de Valorização do Magistério e Qualidade da Educação , cuja execução deveria ser acompanhada por Comissões Interinstitucionais relacionadas à educação (CEE, Undime, universidades etc.), sob a coordenação das secretarias estaduais de Educação, o que findou por se concretizar em apenas alguns estados, entre eles Pernambuco. O documento indicava prioridades a serem incorporadas nas políticas educacionais estabelecidas.
- Estabelecimento de referências básicas nacionais para a formulação de estatutos, carreira, salários e formação de professores pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) , em 1995.
- Implantação progressiva de remuneração docente compatível com o nível de formação obtido.
- Articulação orgânica entre formação, condições de trabalho e remuneração.
- Criação do Fundef (1997) e, dez anos depois, do Fundeb (2007).
- Demarcação de vínculos entre escolas e professores na tarefa de promover o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho como núcleo de preparação docente em licenciaturas de graduação plena.
- Debate sobre a reformulação do curso de Pedagogia e a contraposição da Base Nacional Comum e Diretrizes Curriculares Nacionais.
- MEC impulsionou a formação inicial e continuada de professores, mediante a instituição da Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, coordenada pela Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica, criada na Capes em 2009.
- Metas 15, 16, 17 e 18 do PNE (2011-2021, aprovado para 2015-2024) relacionadas à formação, à valorização e à carreira dos professores da Educação Básica.
- Resolução CNE/CP nº 2 de 1º de julho de 2015, que estabelece “Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, programas e cursos de formação pedagógica para graduandos) e cursos de segunda licenciatura e formação continuada”, síntese do longo percurso de fixação de sentidos que associou dimensão educativa e profissional da docência e a relacionou de forma orgânica à valorização do magistério.
15. Estabelecimento de concepção de docência como “ação educativa e processo pedagógico intencional e metódico”; cujo exercício requer “uma sólida formação científica e cultural inerente ao ensinar e ao aprender” (CNE, Art. 2º, §1º), ou seja, uma formação específica direcionada à melhoria da qualidade social da educação e à valorização profissional.