A atenção que tem sido dada à primeira infância, no entanto, não tem chegado, ao menos de forma efetiva, quando se aproxima a adolescência e daí em diante. Diariamente, morrem 32 crianças e adolescentes dos 10 aos 19 anos, meninas e meninos. A grande maioria, como estamos fartos de saber, são jovens pobres e negros, habitantes da periferia das grandes cidades. Em 2017, foram quase 12 mil.
Como ressalta o material de divulgação do relatório do Unicef, “grande parte das mortes do Brasil se concentra em bairros específicos, desprovidos de serviços básicos de saúde, educação, assistência social, cultura e lazer”. Enquanto isso, em 2018, o país aumentou em 42% o número de novas armas adquiridas, com a comercialização de 196,7 mil unidades, contra 132,1 mil unidades em 2017, segundo o 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Isso tudo antes dos movimentos de flexibilização do porte e da aquisição, incentivados pelo governo federal.
Texto publicado em 12/11/2019